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terça-feira, 28 de julho de 2015

Poltergeist em Portugal


POLTERGEIST EM PORTUGAL


G.I.I.P- tem o prazer de apresentar o primeiro relato , escrito em primeira mão, que se tem conhecimento em Portugal.


O filme nada tem a ver com o texto, apenas pretende apresentar uma possível visualização do que teria sido.

TEXTO DO AUTOR QUE PASSOU POR ESTE FENÓMENO PARANORMAL:

Ao iniciar esta descrição de factos menciono que sou uma mulher com alguma cultura, uma pessoa vulgar com alguma intuição, professora, com uma visão pragmática e ordenada da realidade, católica de pouca fé. Quanto a fenómenos ditos paranormais, sempre me considerei como indiferente, mesmo céptica, assumindo que tudo tem explicação, e ainda fui pedir à PSP para vigiarem a casa na minha ausência.
Trabalho em Lisboa e tenho como segunda habitação um apartamento na cidade onde nasci, no interior do país, e foi nesse apartamento que ocorreram os factos que descrevo.
No dia 13 de março de 1998, sexta-feira, fui passar o fim de semana à minha cidade, e fiquei no meu apartamento, um andar alto adquirido em estado novo há pouco tempo.
Cerca das 22h, estava na sala a ver um episódio da série “Pretender”, na televisão, senti frio.Tinha toda as janelas e persianas fechadas, tendo o aquecimento central ligado, a certa altura, senti uma corrente de vento que passou por mim (que sibilou, como quando está muito vento e temos uma frincha de uma porta ou janela aberta). Os cortinados não se mexeram, a minha gata que estava deitada num sofá, saltou e foi para o hall de entrada, com o pelo eriçado. Fui atrás dela e vi que as chaves de casa que estavam na fechadura estavam a balançar. Fui para a rua, e encontrei uns vizinhos que iam a passar e pedi-lhes para irem comigo ver se havia alguém escondido em casa. No domingo fui à PSP, solicitar para vigiarem a casa durante a minha ausência, pois como tinha de ir trabalhar não tinha como mudar a fechadura e podia ser provável que tivesse perdido ou me tivessem roubado as chaves.
No fim de semana seguinte, voltei ao apartamento com a intenção de mudar a fechadura na segunda-feira, quando no domingo á noite repetiu-se o mesmo fenómeno, apenas com a diferença de que a porta do apartamento estava fechada á chave e trancada.  A partir de então, sempre que vinha á minha cidade natal,  passei a ir dormir a casa de familiares, passando pouco tempo no meu apartamento por medo.
Entretanto aconteceram alguns factos estranhos para a minha visão pragmática, como a minha gata subir para os móveis altos e daí ficar muito atenta e vigilante, raramente ficava no chão da casa. Uma vez ela estava deitada na cama do meu quarto, e deu um salto para o hall de entrada envolveu-se numa luta com um gato inexistente, bufando, rebolando dando patadas no ar e defendendo-se, alheia à minha presença.

 Em 23 de fevereiro de 2001, uns dias antes do Carnaval, durante a noite acordei com um barulho estranho vindo da sala, como se a loiça que estava no móvel se tivesse partido toda. A minha gata correu para o referido móvel, a bufar e com o pelo eriçado, abri o móvel e a loiça estava toda inteira como sempre esteve. Voltei a deitar-me  e passado algum tempo, repetiu-se o barulho e a gata e eu voltamos à sala e a abrir o móvel e a loiça toda inteira.

No dia 22 de Julho, de 2006, um sábado à noite cheguei a casa cerca das 21h, e deparei-me um cenário caótico na sala. Dava a ideia que tinha ocorrido um redemoinho, os vasos com flores estavam partidos e fora do local onde estavam, a terra espalhada, jarras partidas, um candeeiro de vidro antigo de petróleo em cacos, uma gaveta de um móvel estava no chão, por cima do seu conteúdo, que estava pela mesma ordem que tinha dentro da gaveta. No centro da sala estava objetos decorativos em cacos, livros caídos no chão num monte, em cima de uma carpete, misturados com a terra dos vasos. Fiquei muito nervosa, com uma fúria tão profunda, e fui tocar a campainha dos vizinhos do apartamento ao lado do meu, entrei falei com ela , entreguei a minha pequena cadela à filha e pedi-lhe para vir ver como estava a minha sala.
Entrei em casa com ela, e com uma fúria incontrolável,  comecei a dizer palavrões dirigidos ao possível visitante destruidor. Então alguns quadros que estavam na parede levantaram voo na minha direção, e eu desvia-me e caiam no chão, partindo o vidro. Um candeeiro de pé alto, quase tombou sobre a minha cabeça.  Uma terrina muito antiga que estava sobre um móvel no hall de entrada, levantou voo na minha direção, estava do lado de fora do apartamento junto e partiu-se na parede entrada junto á porta aberta, pois não descreveu a curva. Senti-me atacada pelas minhas coisas, objetos inanimados, que numa batalha estranha procuravam atingir-me.
Da estante saiu um livro que voou e veio cair aos meus pés, aberto. Um copo com água voou cerca de 4 metros,  eu afastei-me e caiu no chão derramando a água que me molhou os pés. Entretanto fechamos a porta e fomos para casa da vizinha, beber um chá, para acalmar, quando ouvimos barulho vindo do meu apartamento e corremos e vimos que as coisas partidas, vasos e os cacos tinham mudado de lugar, como se um redemoinho de vento os tivesse atingido, aumentando a desordem anterior maior e ainda com mais destruição.
De mencionar, que no dia seguinte a vizinha do andar de baixo, muito zangada queixou-se dos barulhos vindos do meu apartamento, perguntando-me porque de noite andei a partir coisas, sem respeitar o sossego dos outros.



A sala ficou inabitável, e fui dormir na casa da vizinha do lado, sempre preocupadas em proteger a minha pequena cadela, Com a gata não nos preocupávamos, e ela esteve em casa todo o dia. No meio disto tudo, lembro-me de que não sei porquê, chamou-me a atenção um pequeno objeto que estava na estante, creio que se mexeu, lembro-me que  era cor de rosa, talvez um cristal ou qualquer objeto decorativo em loiça, toquei-lhe e senti-o quente, que peguei e fui á janela e atirei para a rua, partindo-se. Muito furiosa, peguei em outros pequenos objetos  que como este tinham sido oferta de um familiar que reside no Brasil e me tinha trazido como presentes em 2000 e atirei pela janela e tal como o outro partiram-se na chão da rua.
Considero-me uma pessoa com boa memória, porém relativamente a estes objetos, e ao querer lembrar-me deles, não consigo, há como que um bloqueio na minha mente, apenas me lembrando do tal pequeno objeto cor de rosa. Entretanto mandei limpar a sala, pedi ajuda a um padre amigo da família, que esteve em minha casa, e me sossegou dizendo que não me preocupasse mais, pois nada  de estranho mais voltaria a acontecer.
No ano seguinte, estava com a filha adolescente da minha vizinha em casa dela, a ajuda-la com um trabalho no computador, e a rir do que se tinha passado no meu apartamento. A cadeira em que eu estava sentada, foi de encontro á parede e eu fiquei sentada no chão, a queixar-me de dor no ombro direito. A minha vizinha, que estava na cozinha a fazer o jantar, ao ouvir o barulho da cadeira veio a correr ver o que se passava e ajudou a levantar-me do chão, estendendo-me uma mão. Então vimos que tinha marcas bem visíveis de ter sido agarrada por uma mão. De facto senti como se tivesse sido agarrada pelo ombro, me tirassem a cadeira e me tivessem colocado muito delicadamente no chão.
A partir de então fiquei com medo de voltar a falar deste assunto, porém a minha curiosidade continua, e muitas vezes, ao chegar a casa ainda penso se ao abrir a porta estará tudo bem.

 28-07-2015
Autor R. A.

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