POLTERGEIST EM PORTUGAL
G.I.I.P- tem o prazer de apresentar o primeiro relato , escrito em primeira mão, que se tem conhecimento em Portugal.
O filme nada tem a ver com o texto, apenas pretende apresentar uma possível visualização do que teria sido.
TEXTO DO AUTOR QUE PASSOU POR ESTE FENÓMENO PARANORMAL:
Ao
iniciar esta descrição de factos menciono que sou uma mulher com alguma
cultura, uma pessoa vulgar com alguma intuição, professora, com uma visão
pragmática e ordenada da realidade, católica de pouca fé. Quanto a fenómenos
ditos paranormais, sempre me considerei como indiferente, mesmo céptica,
assumindo que tudo tem explicação, e ainda fui pedir à PSP para vigiarem a casa
na minha ausência.
Trabalho
em Lisboa e tenho como segunda habitação um apartamento na cidade onde nasci,
no interior do país, e foi nesse apartamento que ocorreram os factos que
descrevo.
No dia
13 de março de 1998, sexta-feira, fui passar o fim de semana à minha cidade, e
fiquei no meu apartamento, um andar alto adquirido em estado novo há pouco
tempo.
Cerca
das 22h, estava na sala a ver um episódio da série “Pretender”, na televisão, senti frio.Tinha toda as janelas e persianas fechadas, tendo o aquecimento
central ligado, a certa altura, senti uma corrente de vento que passou por mim
(que sibilou, como quando está muito vento e temos uma frincha de uma porta ou
janela aberta). Os cortinados não se mexeram, a minha gata que estava deitada
num sofá, saltou e foi para o hall de entrada, com o pelo eriçado. Fui atrás
dela e vi que as chaves de casa que estavam na fechadura estavam a balançar.
Fui para a rua, e encontrei uns vizinhos que iam a passar e pedi-lhes para irem
comigo ver se havia alguém escondido em casa. No domingo fui à PSP, solicitar
para vigiarem a casa durante a minha ausência, pois como tinha de ir trabalhar
não tinha como mudar a fechadura e podia ser provável que tivesse perdido ou me
tivessem roubado as chaves.
No fim
de semana seguinte, voltei ao apartamento com a intenção de mudar a fechadura
na segunda-feira, quando no domingo á noite repetiu-se o mesmo fenómeno, apenas
com a diferença de que a porta do apartamento estava fechada á chave e
trancada. A partir de então, sempre que
vinha á minha cidade natal, passei a ir
dormir a casa de familiares, passando pouco tempo no meu apartamento por medo.
Entretanto
aconteceram alguns factos estranhos para a minha visão pragmática, como a minha
gata subir para os móveis altos e daí ficar muito atenta e vigilante, raramente
ficava no chão da casa. Uma vez ela estava deitada na cama do meu quarto, e deu
um salto para o hall de entrada envolveu-se numa luta com um gato inexistente,
bufando, rebolando dando patadas no ar e defendendo-se, alheia à minha
presença.
Em 23 de fevereiro de 2001, uns dias antes do Carnaval, durante a noite acordei com um barulho estranho vindo da sala, como
se a loiça que estava no móvel se tivesse partido toda. A minha gata
correu para o referido móvel, a bufar e com o pelo eriçado, abri o móvel e a
loiça estava toda inteira como sempre esteve. Voltei a deitar-me e passado algum tempo, repetiu-se o barulho e
a gata e eu voltamos à sala e a abrir o móvel e a loiça toda inteira.
No dia
22 de Julho, de 2006, um sábado à noite cheguei a casa cerca das 21h, e
deparei-me um cenário caótico na sala. Dava a ideia que tinha ocorrido um
redemoinho, os vasos com flores estavam partidos e fora do local onde estavam,
a terra espalhada, jarras partidas, um candeeiro de vidro antigo de petróleo em
cacos, uma gaveta de um móvel estava no chão, por cima do seu conteúdo, que
estava pela mesma ordem que tinha dentro da gaveta. No centro da sala estava
objetos decorativos em cacos, livros caídos no chão num monte, em cima de uma
carpete, misturados com a terra dos vasos. Fiquei muito nervosa, com uma fúria
tão profunda, e fui tocar a campainha dos
vizinhos do apartamento ao lado do meu, entrei falei com ela , entreguei a
minha pequena cadela à filha e pedi-lhe para vir ver como estava a minha sala.
Entrei
em casa com ela, e com uma fúria incontrolável, comecei a dizer palavrões dirigidos ao possível
visitante destruidor. Então alguns quadros que estavam na parede levantaram voo
na minha direção, e eu desvia-me e caiam no chão, partindo o vidro. Um
candeeiro de pé alto, quase tombou sobre a minha cabeça. Uma terrina muito antiga que estava sobre um
móvel no hall de entrada, levantou voo na minha direção, estava do lado de fora
do apartamento junto e partiu-se na parede entrada junto á porta aberta, pois
não descreveu a curva. Senti-me atacada pelas minhas coisas, objetos
inanimados, que numa batalha estranha procuravam atingir-me.
Da
estante saiu um livro que voou e veio cair aos meus pés, aberto. Um copo com
água voou cerca de 4 metros, eu
afastei-me e caiu no chão derramando a água que me molhou os pés. Entretanto fechamos
a porta e fomos para casa da vizinha, beber um chá, para acalmar, quando
ouvimos barulho vindo do meu apartamento e corremos e vimos que as coisas
partidas, vasos e os cacos tinham mudado de lugar, como se um redemoinho de
vento os tivesse atingido, aumentando a desordem anterior maior e ainda com mais
destruição.
De
mencionar, que no dia seguinte a vizinha do andar de baixo, muito zangada
queixou-se dos barulhos vindos do meu apartamento, perguntando-me porque de
noite andei a partir coisas, sem respeitar o sossego dos outros.
A sala
ficou inabitável, e fui dormir na casa da vizinha do lado, sempre preocupadas
em proteger a minha pequena cadela, Com a gata não nos preocupávamos, e ela
esteve em casa todo o dia. No meio disto tudo, lembro-me de que não sei porquê,
chamou-me a atenção um pequeno objeto que estava na estante, creio que se
mexeu, lembro-me que era cor de rosa, talvez
um cristal ou qualquer objeto decorativo em loiça, toquei-lhe e senti-o quente,
que peguei e fui á janela e atirei para a rua, partindo-se. Muito furiosa, peguei
em outros pequenos objetos que como este
tinham sido oferta de um familiar que reside no Brasil e me tinha trazido como
presentes em 2000 e atirei pela janela e tal como o outro partiram-se na chão
da rua.
Considero-me
uma pessoa com boa memória, porém relativamente a estes objetos, e ao querer
lembrar-me deles, não consigo, há como que um bloqueio na minha mente, apenas
me lembrando do tal pequeno objeto cor de rosa. Entretanto mandei limpar a
sala, pedi ajuda a um padre amigo da família, que esteve em minha casa, e me
sossegou dizendo que não me preocupasse mais, pois nada de estranho mais voltaria a acontecer.
No ano
seguinte, estava com a filha adolescente da minha vizinha em casa dela, a
ajuda-la com um trabalho no computador, e a rir do que se tinha passado no meu
apartamento. A cadeira em que eu estava sentada, foi de encontro á parede e eu
fiquei sentada no chão, a queixar-me de dor no ombro direito. A minha vizinha,
que estava na cozinha a fazer o jantar, ao ouvir o barulho da cadeira veio a
correr ver o que se passava e ajudou a levantar-me do chão, estendendo-me uma
mão. Então vimos que tinha marcas bem visíveis de ter sido agarrada por uma
mão. De facto senti como se tivesse sido agarrada pelo ombro, me tirassem a
cadeira e me tivessem colocado muito delicadamente no chão.
A
partir de então fiquei com medo de voltar a falar deste assunto, porém a minha
curiosidade continua, e muitas vezes, ao chegar a casa ainda penso se ao abrir
a porta estará tudo bem.
28-07-2015
Autor R. A.
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